domingo, 20 de fevereiro de 2011

2010 - 28º Festival de Dança de Joinville

(Recorte)

Um evento: muitas experiências

Festival de Dança, só um minuto. No Instituto Festival de Dança, ela é a primeira pessoa que você encontra. O telefone não para de tocar, grupos entram na pequena sala, se sentam, aguardando por orientação. Atender cerca de mil pessoas diariamente – entre telefonemas e encontros presenciais – faz parte da rotina da recepcionista Tailane Lemke Pereira, 28 anos. 

Tailane já trabalhou durante cinco anos no Festival, cuidando da produção dos camarins, mas é a primeira vez que assume a recepção. O contrato temporário termina no final de agosto e, para ela, a experiência tem sido gratificante. “Como me formei em marketing – e é um evento que abrange várias áreas – pude ampliar muito o meu conhecimento, a minha visão”, declara. A recepcionista cita o Encontro das Ruas como uma das atrações de que mais gosta. “É bem diferente porque as danças saem do palco.”

Na outra sala, pessoas entram e saem, pedem informações, trazem beijos e abraços carinhosos. “Geralmente sou eu que abro e fecho a porta”, conta a coordenadora artística Vera Lúcia Arins do Nascimento, 44 anos. Formada em pedagogia, Vera está completando 20 anos de Festival de Dança em 2010.“Meu Deus, naquela época eu trabalhava em Escola Municipal como professora, fui convidada para trabalhar temporariamente no Festival durante as férias de inverno. No segundo ano eles me chamaram de novo, fiquei um período um pouquinho maior, acabou o Festival e voltei para a escola.”Já no terceiro ano, a pedagoga conseguiu uma transferência para a Fundação Cultural e abandonou as salas de aula para sempre.

Vera já começou trabalhando com os grupos, e toda a parte artística, de competição. Ela conta que naquele tempo executava o mesmo trabalho só que em proporção menor: “A grade de ensaios era datilografada e também usávamos calculadora”. Em tempos de Festival, Vera chega ao Centreventos às 7h45, organiza a agenda, sobe para conferir os ensaios, desce para a reunião com os jurados, prepara o material para a tarde e a noite... “O almoço está no meio disso tudo, eu saio daqui depois do resultado, de imprimir todas as notas de grupos, os certificados; e depois, na verdade, a gente não dorme, a gente apaga”, relata a coordenadora.
Para ela a ausência de rotina é a peça chave para a permanência durante essas duas décadas. “Cada dia é um dia, não tem como programar. De repente tu achas que o dia vai ser tranquilo, chega lá em cima e acontece um monte de coisas que tem que resolver. E no contato com os jurados, a gente aprende muito, mesmo sem praticar a dança.”

Engana-se quem pensa que o Festival de Dança permanece adormecido na maior parte do ano. Vera explica que já no mês de março as atividades começam a movimentar a equipe. Após a Noite dos Campeões, a organização precisa preparar diversos relatórios durante o mês de agosto e começar a pensar na próxima edição. Em setembro, o Conselho Artístico vem a Joinville e confere o regulamento do próximo evento. “Na verdade a gente não para, a gente fecha o ano com professores contratados, jurados contratados, tudo encaminhado, para em janeiro voltar, estar tudo fechado e começar o trabalho forte com os grupos.”

Reencontrar amigos, conhecer novas pessoas, compartilhar momentos. O essencial, na opinião de Vera, é sempre lembrar que ninguém é ninguém sozinho. “O segredo é que tu sempre vais precisar de alguém ao teu lado, independente se é no trabalho ou na vida pessoal.” Trabalhar no Maior Festival de Dança do Mundo se tornou algo natural para a ‘aniversariante’: “Já faz parte da vida, as pessoas dizem “a Vera do Festival”, tu até tentas se imaginar fazendo outra coisa, mas...”, finaliza.

Responsável pelo setor de alojamentos, Clarissa Klock, 27 anos, revela que já fez muitas amizades. “Eu sempre gostei do festival, sempre visitei a Feira, assisti aos espetáculos.” Trabalhando pela primeira vez no evento, Clarissa conta que foi selecionada para a seletiva em abril e continua até o dia 6 de agosto. Antes de começar o Festival, a rotina era intensa, com expedientes que iam até a madrugada. “Foi uma experiência única, de bastante dedicação. Para mim é como se eles estivessem ficando na minha casa, eu faço de tudo para deixá-los bem”, declara a assistente que organizou nove escolas que serviram de alojamento aos grupos de fora da cidade. Como apoio à segurança dos locais, 18 monitores foram cedidos pelo Exército do Batalhão de Infantaria.

Um dos responsáveis pela segurança do Maior Festival de Dança do Mundo, Eliazar Manoel Dias, 27 anos, está trabalhando pela primeira vez no evento. Ele conta que a equipe de seguranças trabalha em escala de 12 por 12 horas. Para ele fazer parte de um evento com essa proporção é motivo de alegria e orgulho. “Sou joinvilense e estamos elevando o nome da nossa cidade.”

Natural de Valência (Espanha), Maria Cristina Sanchez Santana, 37 anos, faz parte da equipe da Secretaria que organiza o credenciamento de todos os participantes do Festival, grupos, funcionários, imprensa etc. Ela mora no Brasil há um ano e dois meses e declara que a experiência foi positiva: “Eu gostei de conhecer muita gente, adorei o ambiente de trabalho, nunca tive esse contato tão próximo com a dança”, e acrescenta,“falei para minha coordenadora que ano que vem eu quero voltar a trabalhar, porque adorei, gostei muito, muito, muito”. 


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* Trabalho de Assessoria de Imprensa realizado durante a 28ª edição do Festival de Dança de Joinville (20 a 30 de julho), por meio do Instituto Festival de Dança de Joinville, no período de 1º/7 a 5/8 de 2010.



 

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