segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Trabalhos mais recentes na Mercado de Comunicação ...

Revista 21 nº 2 (publicação bimestral da Associação Empresarial de Joinville - Acij)
*Reportagem sobre mercado de vinhos (entre outros textos)

Revista 21 nº 1 
*Reportagem sobre empresários escritores (entre outros)










sexta-feira, 28 de outubro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011


CAMPANHA DE ADOÇÃO - FRADA 2011

Em janeiro de 2011, a Frada estabeleceu que o tema NÃO COMPRE, ADOTE iria nortear as ações do ano. Durante o primeiro semestre, dedicou-se à criação de uma campanha de incentivo à adoção que atingisse a mídia em massa – conscientizando o maior número possível de pessoas. Apoiada pelo Grupo RBS e Grupo Ric, a campanha promete atingir cerca de um milhão de espectadores incluindo cidades como Jaraguá, São Francisco, São Bento, Rio Negrinho e Itapoá. Como funciona a campanha... Leia mais

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Texto interessante...

“Formiguinha” de 1,50 metro lidera grupo de 20 crianças de rua

Conheça a história da garota que já viveu todos os papéis nas ruas de SP

 Fonte:  Fernanda Aranda e Heloisa Ferreira, iG São Paulo | 15/08/2011 

Quem olha, arrisca 11 anos de idade, no máximo, por causa da altura que não passa de 1,50 metro, da cintura fina, do corpo desnutrido. Quem ouve, deduz que ela já viveu muito mais do que os anos que aparenta: a garota diz morar na rua há mais de uma década, conta que já usou todo tipo de droga, enfrentou três gestações, um estupro. Apanhou da polícia. Foi presa. Perdeu o pai e viu a mãe enlouquecer no crack após a morte de três de seus irmãos. Sente-se responsável por 20 crianças sem família.[...] Leia mais.

 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A voz genuína


Família e Civilização: elos ilusoriamente perdidos

Estar vivo é compartilhar as sementes, os frutos e, também, as tempestades do mundo. E, nesta caminhada, tropeçar e se reerguer tantas vezes – na esperança de um gesto próximo. Com a civilização, já há muito tempo que o ser humano não vive só e que tudo o que faz ou recebe é uma intensa troca de experiências, respingos de atitudes conscientes ou não, de tantos parentes seus que co-habitam a Terra. Mas, de repente, estar em meio à multidão pode ser solitário, se não houver uma troca de olhares compassivos com a situação alheia, se não houver uma concepção holística do que é fazer parte de algo.

Cada vida que habita esse planeta o transforma. E toda vida que nasce, carrega pra sempre a música familiar. Entre formas e forças legitimadas ou não pela sociedade, a família – unidade social mais antiga do ser humano – se transforma, sem freios. E os grupos de pessoas que se unem a partir de um ancestral comum ou por meio do matrimônio ganha a cada década novas molduras. Perante esse cenário e ciente da participação inquestionável do berço – e de seus agentes – na constituição do ser, a sociedade clama pela priorização do afeto.

Projetos de vida que parecem ter fracassado estão à margem do progresso. Com o rótulo do abandono ou atrás das grades, vidas sem nome carregam, não raras vezes, um difícil histórico familiar. Nada que possa justificar a maldade alheia, e nada que possa ser tão facilmente ignorado. A importância da família na configuração dos exemplos, na orientação ao caráter, - e sua ausência - cristaliza-se nos noticiários.

A família constrói os eixos ou enfraquece o ser – que vagas chances terá de superação, imerso em uma sociedade que prioriza o consumo e a imagem. E é esse ser – semente familiar infrutífera – que deixará seus rastros no planeta. Num planeta que grita pela união da família humana, pela união de todos os povos, para que não se acabe assim, de uma forma tão irresponsável de se viver e de se educar.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

“Se essa rua, se essa rua fosse minha...”


Me diz, você já se imaginou usando a mesma roupa por um mês inteiro? Meias, sapatos e casaco molhado? O frio entrando pela alma, devagarzinho beijando a espinha. O banho sendo um sonho de consumo. A janta, um oásis? Já imaginou deixar seu colchão, as cobertas e o travesseiro macios. Trocar tudo por um repouso ao relento, sobre uma fina camada de papelão, com cada troca de marcha nas ruas fazendo seu coração disparar? Os olhos cansados da vigília. A esperança correndo para o esgoto. A autoestima em ruínas...

Pode ser que sim ou não, que a imaginação já tenha invadido seu razoável padrão de vida ou que forças maiores já tenham até estremecido os eixos, trazendo uma leve angústia pela possibilidade. Mas, muitos nem chegam perto disso. Muitos nem, sequer, chegam a olhar para além do próprio umbigo...

Nesta semana que passou, me aproximei um pouco desse tema, do ser humano que vive nas ruas. No teatro, acompanhei a representação de “Dois perdidos numa noite suja”, texto de Plínio Marcos, que, resumidamente, entre sopros de humor, lança ao público o livre e o frágil na rotina de dois sujeitos que habitam a base da pirâmide social. A marginalidade. Na quinta-feira chuvosa, a Escola Popular de Direitos Humanos trouxe à pauta a população em situação de rua.

O espaço aqui é mínimo para explorar um universo tão cheio de vazios no que se refere à atenção da sociedade. Das necessidades básicas, já falei lá no início. Mas tudo seria tão perfeito se um prato de sopa, ao meio-dia, resolvesse o problema. Para citar algumas das importantes observações do grupo que veio de Curitiba para dialogar, talvez ainda assim eu me estenda, e você continue a ler, se quiser...

Hoje, 19 de agosto, comemora-se o Dia Nacional de Luta da População em Situação de Rua – data de aniversário de uma entre tantas tragédias brasileiras, o massacre na Praça da Sé, centro de SP, 2004. A linha do tempo marcada por episódios parecidos é extensa, como em 1997: a barbárie em Brasília, protagonizada por jovens da classe média alta que atearam fogo no índio pataxó Galdino Jesus dos Santos. E por aí vai.

Na lata: o olhar e a reivindicação pelos direitos da população em situação de rua é recente, a existência do problema e do preconceito é atemporal. No Brasil, pelo menos 50 mil pessoas estão nas ruas, vulneráveis, especialmente, à humilhação e à violência policial. As políticas públicas engatinham, ganhando um empurrãozinho com o Decreto 7053/2009.

Os albergues não dão conta e não são ideais (na capital paranaense, conseguem atender somente 10% desta população). As praças servem de moradia, ainda que sem consentimento. As drogas mais degradantes, com as quais as instituições de poder fazem vista grossa, potencializam a inércia e o desespero.

Grandes eventos esportivos estão a caminho e já começaram os esforços para “higienizar” as ruas. A memória volta para a década de 1960, quando a Rainha Elizabeth esteve no Brasil – e soluções grotescas foram tomadas (assista “Topografia de um Desnudo” ). As mídias alternativas continuam tímidas. Disque-denúncia, criação de repúblicas e contagem desta população no censo IBGE de 2012.

Não há nada que lhes impeça o direito de ir e vir. Aliás, quantas vezes ainda será preciso gritar que nada disso surge de uma hora pra outra? Que as coisas andam e que muitas - além do nosso próprio umbigo - estão andando pra trás???